segunda-feira, dezembro 11, 2006


'Depois que pela encosta procurámos

em vão uma escada de que o último
degrau fosse já dentro da memória,
suspenso na memória,

desfaz-se-nos dos ossos

a carne, com o seu quê de lírico e festivo,
em áreas portuárias onde o mar
nos sai do coração para galgar o molhe,







e, agora que começam
os anos a pesar
mais para trás que para a frente, acodem-nos
recônditas palavras aos ouvidos:

«Fecharam-se-te os olhos e eu fiquei de fora»,

«Nas tuas mãos começa o precipício».

(Luís Miguel Nava)

p.s. porque os meus dias de Luzboa estão a chegar...em silêncio

9 comentários:

merdinhas disse...

"acodem-nos
recônditas palavras aos ouvidos:

«Fecharam-se-te os olhos e eu fiquei de fora»,

«Nas tuas mãos começa o precipício»."



(palavra a palvra. Descobrindo e redescobrindo Navas.)

menir disse...

Belo texto...

Concha Pelayo/ AICA (de la Asociación Internacional de Críticos de Arte) disse...

Francamente bellísimo.

linhas tortas disse...

Profundo e tocante. Imagens tb muito bonitas.

Art&Tal disse...

é curioso.

dizia eu de manha que este era um espaço reconhecivel

por nao ter cantos

por arte magica puf!

foi-se

_vera_ disse...

agora é um espaço irreconhecível?
há um link, em Luzboa, talvez já tenham visto...
um abraço

merdinhas disse...

Nava e não Navas (este pinta, não sei se escreve...)

Naked Lunch disse...

luz... força

maresia disse...

assustador