'Depois que pela encosta procurámos
em vão uma escada de que o último
degrau fosse já dentro da memória,
suspenso na memória,
desfaz-se-nos dos ossos
a carne, com o seu quê de lírico e festivo,
em áreas portuárias onde o mar
nos sai do coração para galgar o molhe,
e, agora que começam
os anos a pesar
mais para trás que para a frente, acodem-nos
recônditas palavras aos ouvidos:
«Fecharam-se-te os olhos e eu fiquei de fora»,
«Nas tuas mãos começa o precipício».
(Luís Miguel Nava)
p.s. porque os meus dias de Luzboa estão a chegar...em silêncio
9 comentários:
"acodem-nos
recônditas palavras aos ouvidos:
«Fecharam-se-te os olhos e eu fiquei de fora»,
«Nas tuas mãos começa o precipício»."
(palavra a palvra. Descobrindo e redescobrindo Navas.)
Belo texto...
Francamente bellísimo.
Profundo e tocante. Imagens tb muito bonitas.
é curioso.
dizia eu de manha que este era um espaço reconhecivel
por nao ter cantos
por arte magica puf!
foi-se
agora é um espaço irreconhecível?
há um link, em Luzboa, talvez já tenham visto...
um abraço
Nava e não Navas (este pinta, não sei se escreve...)
luz... força
assustador
Enviar um comentário