sexta-feira, junho 29, 2007
César Figueiredo no Projecto Apêndice
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Inaugura a 03 (Terça-feira) de Julho pelas 18h00
até 15 de Julho.
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Projecto Apêndice
Centro Comercial de Cedofeita, loja 100 - piso inferior
Rua de Cedofeita
Porto
o.apendice@gmail.com
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Transitar / 1954-2007
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Inaugura a 03 (Terça-feira) de Julho pelas 18h00
até 15 de Julho.
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Projecto Apêndice
Centro Comercial de Cedofeita, loja 100 - piso inferior
Rua de Cedofeita
Porto
o.apendice@gmail.com
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quinta-feira, junho 28, 2007
quarta-feira, junho 27, 2007
mesas ávidas de bocas pisadas. assim como hoje.
"Passamos afinal à sala para um almoço que não tinha a bênção da fome. E foi quando surpreendidos deparamos com a mesa. Não podia ser para nós...
Era uma mesa para homens de boa-vontade. Quem seria o conviva realmente esperado e que não viera? Mas éramos nós mesmos. Então aquela mulher dava o melhor não importava a quem? E lavava contente os pés do primeiro estrangeiro. Constrangidos, olhávamos.
A mesa fora coberta por uma solene abundância. Sobre a toalha branca amontoavam-se espigas de trigo. E maçãs vermelhas, enormes cenouras amarelas, redondos tomates de pele quase estalando, chuchus de um verde líquido, abacaxis malignos na sua selvageria, laranjas alaranjadas e calmas, maxixes eriçados como porcos-espinhos, pepinos que se fechavam duros sobre a própria carne aquosa, pimentões ocos e avermelhados que ardiam nos olhos – tudo emaranhado em barbas e barbas úmidas de milho, ruivas como junto de uma boca. E os bagos de uva. As mais roxas das uvas pretas e que mal podiam esperar pelo instante de serem esmagadas. E não lhes importava esmagadas por quem. Os tomates eram redondos para ninguém: para o ar, para o redondo ar. Sábado era de quem viesse. E a laranja adoçaria a língua de quem primeiro chegasse.
Junto do prato de cada mal-convidado, a mulher que lavava pés de estranhos pusera – mesmo sem nos eleger, mesmo sem nos amar – um ramo de trigo ou um cacho de rabanetes ardentes ou uma talhada vermelha de melancia com seus alegres caroços. Tudo cortado pela acidez espanhola que se adivinhava nos limões verdes. Nas bilhas estava o leite, como se tivesse atravessado com as cabras o deserto dos penhascos. Vinho, quase negro de tão pisado, estremecia em vasilhas de barro. Tudo diante de nós. Tudo limpo do retorcido desejo humano. 'Tudo como é, não como quiséramos. Só existindo, e todo. Assim como existe um campo. Assim como as montanhas. Assim como homens e mulheres, e não nós, os ávidos. Assim como um sábado. Assim como apenas existe. Existe."
Era uma mesa para homens de boa-vontade. Quem seria o conviva realmente esperado e que não viera? Mas éramos nós mesmos. Então aquela mulher dava o melhor não importava a quem? E lavava contente os pés do primeiro estrangeiro. Constrangidos, olhávamos.
A mesa fora coberta por uma solene abundância. Sobre a toalha branca amontoavam-se espigas de trigo. E maçãs vermelhas, enormes cenouras amarelas, redondos tomates de pele quase estalando, chuchus de um verde líquido, abacaxis malignos na sua selvageria, laranjas alaranjadas e calmas, maxixes eriçados como porcos-espinhos, pepinos que se fechavam duros sobre a própria carne aquosa, pimentões ocos e avermelhados que ardiam nos olhos – tudo emaranhado em barbas e barbas úmidas de milho, ruivas como junto de uma boca. E os bagos de uva. As mais roxas das uvas pretas e que mal podiam esperar pelo instante de serem esmagadas. E não lhes importava esmagadas por quem. Os tomates eram redondos para ninguém: para o ar, para o redondo ar. Sábado era de quem viesse. E a laranja adoçaria a língua de quem primeiro chegasse.
Junto do prato de cada mal-convidado, a mulher que lavava pés de estranhos pusera – mesmo sem nos eleger, mesmo sem nos amar – um ramo de trigo ou um cacho de rabanetes ardentes ou uma talhada vermelha de melancia com seus alegres caroços. Tudo cortado pela acidez espanhola que se adivinhava nos limões verdes. Nas bilhas estava o leite, como se tivesse atravessado com as cabras o deserto dos penhascos. Vinho, quase negro de tão pisado, estremecia em vasilhas de barro. Tudo diante de nós. Tudo limpo do retorcido desejo humano. 'Tudo como é, não como quiséramos. Só existindo, e todo. Assim como existe um campo. Assim como as montanhas. Assim como homens e mulheres, e não nós, os ávidos. Assim como um sábado. Assim como apenas existe. Existe."
terça-feira, junho 26, 2007
O DESERTO DA ARTE CONTEMPORÂNEA PORTUGUESA
Antes o deserto, a partir de hoje o óasis no CCB.
"Com este museu, o País fica mais rico e Lisboa uma cidade melhor. Antes, o roteiro da Arte Contemporânea acabava em Madrid. A partir de hoje, começa aqui", considerou o primeiro-ministro José Sócrates hoje na inauguração do novo MUSEU BERARDO no CCB em Lisboa.
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A imagem apresenta alguns elementos do público, identificados por elementos da segurança do governo, talvez perdidos ou vagueando pelo deserto do Museu de Serralves.
"Com este museu, o País fica mais rico e Lisboa uma cidade melhor. Antes, o roteiro da Arte Contemporânea acabava em Madrid. A partir de hoje, começa aqui", considerou o primeiro-ministro José Sócrates hoje na inauguração do novo MUSEU BERARDO no CCB em Lisboa.
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A imagem apresenta alguns elementos do público, identificados por elementos da segurança do governo, talvez perdidos ou vagueando pelo deserto do Museu de Serralves.
domingo, junho 24, 2007
sexta-feira, junho 22, 2007
terça-feira, junho 19, 2007
arquitecturas XII
"Arquitecturas em palco", João Mendes Ribeiro
(performance da Companhia Olga Roriz)
Quadrienal de Praga, 2007
(performance da Companhia Olga Roriz)
Quadrienal de Praga, 2007
domingo, junho 17, 2007
sábado, junho 16, 2007
quarta-feira, junho 06, 2007
Depois da tentativa lograda...
Eis a volta (from outerspace).
E entretanto, um rebuçado.
Assinado: Menir+@
Eis a volta (from outerspace).
E entretanto, um rebuçado.
Assinado: Menir+@
terça-feira, junho 05, 2007
segunda-feira, junho 04, 2007
domingo, junho 03, 2007
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