terça-feira, março 13, 2007

rOsas

'Fala de mim como uma vibração de pássaros que tivessem desparecido e regressassem;

fala de mim com lábios que todavia correspondem à doçura de umas pálpebra.

Que farias tu se a tua memória estivesse cheia de esquecimento?
Todas as coisas são transparentes: cessam as escrituras e cai chuva dentro dos meus olhos.

Os nossos lábios envelheceram em palavras incompreensíveis.'

Antonio Gamoneda, Descrição da Mentira (ed.Quasi)

8 comentários:

_vera_ disse...

link da companhia http://www.rosas.be/Rosas/index.html

Frioleiras disse...

"...tds as coisas são transparentes..."

sim ...

merdinhas disse...

Raga for PrimaVera.

intruso disse...

a memória
e o esquecimento
(faces de uma mesma coisa...)

Gostei de encontrar o A.Gamoneda...
[ e Rosas]

* disse...

obrigada pelo aperitivo, logo vou jantar olga roriz :-))) e a ceia???

_vera_ disse...

'e o que mais recordo são as coisas que ainda não vivi...' (M. Couto)

huum bom jantar...

* disse...

o jantar foi abandonado a meio :-((

n disse...

depois da tradução de josé bento, "livro do frio"
e da tradução de jorge melícias, "ardem as perdas"
chegou-nos a tradução de vasco gato, "descrição da mentira".

talvez acelerada pela atribuição do prémio cervantes a gamoneda, saúdo a edição e também a referência no "Do segredo das Artes" deste autor.